dois mil e oito, dois mil e nove.

Então eu comecei a correr.
Corria pela cidade inteira, pelos cantos da minha casa, pelo céu.
Corria, mas não conseguia te alcançar. Você parecia uma criança com medo. Não parava, não olhava para trás, e atingia uma velocidade maior a cada segundo.
De vez em quando era como se cada passo seu disesse 'voce não consegue, nunca conseguirá'. Era como um desafio.
Foi quando um amontoado de palavras te brecou e não te permitia continuar. Você resolveu correr na direção contrária à que estávamos indo, na esperança de eu esperar.
Eu esperei.
Esperei, e você parou ao chegar perto de mim. Parou, me encarou, sorriu, me confortou.
Voltou a correr. Depois de um tempo, olhou pra trás com uma expressão de satisfação.
Não me viu. Parou. De satisfeito, passou para desorientado.
Apagou as luzes, retirou-se.

Um comentário:

Anônimo disse...

Interessante texto

Pdr

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