Ele era, sem sombra de dúvidas, um homem bom.
Ele era o papai, aquele que, de madrugada, salvava Liesel do pesadelo sobre seu irmão, sobre aquele trem, aquela tosse. E que depois trocava os lençóis molhados da cama dela, e juntos iam para o porão ler um pouco do livro que havia sido roubado - O Manual do Coveiro foi o primeiro -, ou ganhado, e escrevia na parede as palavras desconhecidas por ela, a roubadora de livros.
Ele a ensinou a ler. Ele tocava acordeão. Ele tinha olhos prateados.
Ele foi pra guerra duas vezes, ele escondeu um judeu no porão.
Ele era o pintor de paredes.
Ele era o papai.
Ele era o acordeão.
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Madrugada, novamente
Algumas coisas me deprimem. Ver amigos tristes, alguns livros e textos, algumas músicas, algumas pessoas, alguns gestos, algumas bebidas, algumas cores.
Nos ultimos dias, duas dessas estiveram mais presentes na minha vida: amigos tristes e um livro. O primeiro ja passou, acredito eu. Acredito tanto que dei varias risadas em relação ao problema de um deles ao escutá-lo contar o desfecho e rir também. O segundo chegou de verdade agora, às três da manhã.
Acabei de ler A Menina Que Roubava Livros, escrito por Markus Zusak. Fascinação é a palavra que descreveria muito bem o que eu senti por esse amontoado de papeis com palavras desde o dia em que vi sua capa em cima do criado-mudo da minha mãe, ano passado. Só ontem consegui criar coragem pra ler. Ao longo de duas madrugadas - ontem e hoje -, a fascinação se misturou com não-sei-o-que, convertendo-se em lágrimas em certos pontos do começo e da página 281 até a 479 - seu final. Confesso que se estendeu por mais uns 15 minutos, mas agora nao passa de maquiagem borrada, olhos inchados e nariz vermelho.
A maneira de escrever de Zusak me agradou tanto, que em certos pontos da historia, tive que parar e digitar umas passagens dele em meu computador, num documento do Word que leva o nome do livro. Meu tributo a ele.
Nos ultimos dias, duas dessas estiveram mais presentes na minha vida: amigos tristes e um livro. O primeiro ja passou, acredito eu. Acredito tanto que dei varias risadas em relação ao problema de um deles ao escutá-lo contar o desfecho e rir também. O segundo chegou de verdade agora, às três da manhã.
Acabei de ler A Menina Que Roubava Livros, escrito por Markus Zusak. Fascinação é a palavra que descreveria muito bem o que eu senti por esse amontoado de papeis com palavras desde o dia em que vi sua capa em cima do criado-mudo da minha mãe, ano passado. Só ontem consegui criar coragem pra ler. Ao longo de duas madrugadas - ontem e hoje -, a fascinação se misturou com não-sei-o-que, convertendo-se em lágrimas em certos pontos do começo e da página 281 até a 479 - seu final. Confesso que se estendeu por mais uns 15 minutos, mas agora nao passa de maquiagem borrada, olhos inchados e nariz vermelho.
A maneira de escrever de Zusak me agradou tanto, que em certos pontos da historia, tive que parar e digitar umas passagens dele em meu computador, num documento do Word que leva o nome do livro. Meu tributo a ele.
"Mais uma prova de como o ser humano é contraditório. Um punhado de bem, um punhado de mal. É só misturar com água."
Começou a chover.
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