Você foi embora, saiu do Brasil. Nem me disse quando ia, ou para onde ia. Fiquei de novo sem suas palavras - aquelas, trocadas de dia, de tarde, de madrugada, sussuradas, cantadas. Aquelas que eu tanto amava.
Tenho pensado na possibilidade de você lembrar meu nome e meu timbre de voz, mas se sequer deu-se ao trabalho - pequeno, diga-se de passagem - de se despedir, quem dirá que ainda lembra de mim, de tudo o que aconteceu? Talvez até se lembre, mas não liga. Pouco caso das nossas palavras, mais uma vez.
A vontade de ter te visto no show daquela banda - aquela que você me ensinou a gostar - foi imensa. Me fez discar seu número no meu celular e levá-lo à orelha, enquanto o vocalista cantava aquele trecho "sem você na cidade, tudo que tem lá também sumiu". Você não atendeu. Eu queria fazer com que ouvisse a música, com que lembrasse. Com que sentinsse o que eu senti.
Mas não aconteceu nada. Nosso relacionamento de fases - como a mulher da música do Raimundos - havia acabado.
Que raiva do avião que te levou daqui.
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Voce foi embora.
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